Como sacar dinheiro no exterior: etapas, taxas e dicas úteis

Andrea Côrtes
Lucia D. Martin
Atualizado
21 de dezembro de 2023

Entre os pontos mais importantes da preparação para uma viagem internacional, é preciso pensar em como sacar dinheiro no exterior. Se você gosta de ter dinheiro em mãos ou precisará fazer pagamentos em espécie, é fundamental garantir acesso ao dinheiro local durante a sua estadia.

A seguir, veja um guia sobre como sacar dinheiro com facilidade em outros países, conheça as alternativas disponíveis, suas tarifas e encontre dicas para economizar no processo. Por exemplo, usar um provedor online como a Wise ou Nomad. Boa leitura!

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Sacar dinheiro em caixas eletrônicos: dicas e passo a passo

A possibilidade de sacar dinheiro no exterior traz segurança aos usuários. Em primeiro lugar, porque não é preciso transportar grandes quantias, correndo o risco de perdas e roubos. Além disso, o dinheiro em espécie estará disponível caso alguns estabelecimentos só aceitem essa forma de pagamento.

Hoje, os principais bancos brasileiros oferecem cartões internacionais — sejam eles de débito, crédito ou pré-pagos — que permitem a retirada de dinheiro no exterior. Para todas as alternativas, é importante saber como fazer o saque usando caixas eletrônicos. Veja algumas dicas a seguir.

Informe ao seu banco que você está viajando para o exterior

Antes de viajar, confira com no banco ou provedor do seu cartão se ele permite operações internacionais. Embora muitos bancos ofereçam a solução, é comum ter que pedir o seu desbloqueio com antecedência, além de conferir se o cartão faz saques em outros países.

O desbloqueio da função pode ser feito por meio de ligações, terminais de autoatendimento ou até pela internet, no caso de instituições como Banco do Brasil, Itaú, Nubank e C6 Bank. Para evitar imprevistos, ainda é importante confirmar o limite de saques internacionais da sua conta.

Escolha o ATM correto 

Você já deve ter ouvido o termo ATM, sigla em inglês para Automatic Teller Machine, os chamados caixas eletrônicos no Brasil. No exterior, os cartões não costumam ser suportados por todos os caixas ou são cobradas tarifas a depender da rede utilizada.

Assim, antes de viajar, procure os ATMs que suportam o seu tipo de cartão e sejam compatíveis com o seu banco. Para economizar, encontre caixas eletrônicos sem taxas, como os da rede All Point no banco Nomad. Mas não se preocupe, vamos falar mais sobre as taxas nos próximos tópicos.

Selecione o tipo de saque

Ao sacar dinheiro em um caixa no estrangeiro, existe a opção de que a máquina converta o dinheiro para você. Nesse caso, o valor vai ser convertido de acordo com a taxa de câmbio do dia e ainda pode ser aplicada uma margem adicional, além do IOF, que será apresentado a seguir.

Para evitar a cobrança, compre a moeda do país de destino antecipadamente para sacar o dinheiro na moeda local. Isso pode ser feito com o auxílio de serviços de transferência internacional, como a Wise ou a Remessa Online.

Ainda podem ser feitos saques no débito ou crédito. As compras no débito aplicam o valor do câmbio no dia, enquanto as compras no crédito terão o valor convertido para reais apenas no dia do fechamento da fatura. Assim, o valor final pode variar até a data do pagamento.

Importante conhecer

Caixas eletrônicos costumam cobrar conversões dinâmicas de moedas (ou DCCs), que convertem a moeda do país de origem para a local. Essa cobrança adiciona um valor significativo de impostos ao seu saque, que pode ser evitado com o uso de moedas locais.


Por exemplo, para saques na Europa, escolha pagar em euros, clicando em EUR. Nos EUA, use USD e, no Japão, JPY.

Como sacar dinheiro no exterior

Para sacar dinheiro no exterior, basta realizar um processo semelhante a um saque comum. No entanto, é necessário ter um cartão internacional que permita a operação, seja ele de débito, crédito ou pré-pago.

Se você tiver o valor desejado já convertido em uma conta internacional, ele será descontado na moeda local, sem tarifas adicionais. Por outro lado, se o saldo disponível estiver na moeda do seu país de origem, os fundos serão convertidos e a taxa de câmbio será aplicada, bem como o IOF e possíveis taxas de serviço.

Dessa forma, busque provedores que permitem a conversão do dinheiro antes da viagem, como a conta multimoeda da Wise e a conta internacional da Nomad.

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Qual é a forma mais barata de usar seu dinheiro no exterior?

A forma mais barata de usar dinheiro no exterior, como já mencionado, são as contas multimoedas, que permitem a conversão do dinheiro antes da viagem. Assim, o usuário consegue operar como um local em outros países, sem se preocupar em converter a cada saque, compra ou pagamento.

Além de mais praticidade, a alternativa garante economia ao facilitar a conversão nos momentos desejados pelo usuário, que pode acompanhar o valor do câmbio e fazer a transação nos momentos mais oportunos.

Na hora de sacar, no entanto, é mais recomendado enviar dinheiro para uma conta bancária do exterior do que fazer saques por um provedor. No caso de residentes em outros países, a alternativa se torna mais vantajosa por reduzir a preocupação com limites de valores, quantidade de saques e tarifas adicionais.

Taxas de saque no exterior

Mesmo com a escolha de um banco ou provedor com tarifas reduzidas, as transações em caixas eletrônicos internacionais envolvem taxas e impostos. Embora esses valores variem conforme o banco e o provedor, existem alguns mais usuais, que serão apresentados a seguir.

Taxas cobradas pelos bancos

Os bancos costumam aplicar tarifas fixas aos saques no exterior. Por exemplo, o Banco do Brasil cobra EUR 2,50 para saques eu euro e USD 2,50 para saques em dólar. Normalmente, essas taxas são informadas no site ou agência de cada banco, então você pode consultá-las antes de levantar o dinheiro.

Cotação do câmbio turismo

Você já deve ter percebido que existem duas cotações de moeda: a comercial e a turismo. Enquanto a comercial traz o valor das moedas transacionadas no mercado, a turismo inclui custos adicionais para a venda a pessoas físicas.

Normalmente, os bancos tradicionais aplicam o câmbio turismo para converter fundos na moeda de destino, o que acontece em saques com cartão de débito ou crédito. Já provedores, como a Wise ou Nomad, usam o câmbio comercial em tempo real, sem tarifas adicionais.

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Taxa de saque cobrada pelos caixas eletrônicos

Os caixas eletrônicos também podem cobrar tarifas para os saques no exterior. Nesse caso, o valor será informado na tela do aparelho. As taxas podem ser aplicadas ao valor movimentado, reduzindo a quantia a ser sacada.

Taxa IOF

Os saques internacionais com cartão de débito ou crédito vão converter o dinheiro do real para a moeda do país de destino. Assim, aplicam o IOF de 5,38% a todos os saques, assim como acontece com as compras internacionais.

Vantagens e desvantagens de sacar dinheiro no exterior

Os saques no exterior são importantes para quem deseja ter dinheiro em mãos. Apesar da facilidade, o processo envolve desvantagens que devem ser consideradas.

Vantagens

Entre as principais vantagens dos saques internacionais, temos:

  • Segurança: com a possibilidade de fazer levantamentos no exterior, não é necessário portar grandes quantias de dinheiro em espécie. Isso ajuda a reduzir os riscos de perdas e roubos durante a viagem;

  • Praticidade: os caixas eletrônicos estão disponíveis em diversos países, tornando os saques mais práticos que as idas a uma agência, por exemplo. Assim, ao precisar de dinheiro, basta encontrar o ATM mais próximo;

  • Organização financeira: antes de sair do Brasil, você pode pesquisar os caixas eletrônicos disponíveis e planejar as quantias que precisa retirar ao longo da viagem.

Desvantagens

Por outro lado, há desvantagens da alternativa, que envolve altas tarifas aplicadas:

  • **Tarifas dos caixas eletrônicos: como mencionado, os ATMs cobram tarifas para saques no exterior, que variam de acordo com as marcas dos caixas eletrônicos e se há parcerias com os bancos;  
  • Taxas sobre o câmbio: saques no débito ou crédito envolvem a cobrança de uma margem adicional sobre o câmbio comercial;

  • IOF: o IOF aplicado aos saques em que há conversão de moeda, seja no cartão de débito ou crédito, é de 5,38%;

  • Conversão de moeda dinâmica: no caso das conversões dinâmicas, são aplicadas a margem adicional ao câmbio e o IOF, que podem ser reduzidos se a conversão for feita antes da viagem, em um cartão de débito ou pré-pago internacional.

Alternativas para saque: enviar dinheiro para o exterior com Wise e Nomad

Para evitar as taxas cobradas em saques no exterior, você pode optar por contas internacionais, como as da Wise, do banco Nomad e C6 Global. Apesar de mais econômicas, os saques ainda podem ser tarifados nessas alternativas a depender da marca do caixa eletrônico e dos valores retirados.

Se você for ficar no país de destino por um período prolongado e tiver acesso a uma conta bancária local, pode usar um provedor especializado em transferências internacionais para fazer a conversão e enviar o dinheiro para essa conta. Alternativas como a Wise ou a Remessa Online ajudam a tornar o processo ainda mais econômico.

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Dicas extras ao sacar dinheiro no exterior

Além das escolhas que envolvem o saque em caixas eletrônicos, é possível adotar outras medidas para se preparar antes de partir para o país de destino.

Crie uma conta multimoeda

Uma conta multimoedas, como o próprio nome sugere, permite que o usuário gerencie dinheiro em diferentes moedas. Assim, oferecem serviço de câmbio e serviços financeiros para o dia a dia, como transferências, pagamentos e saques. A vantagem da alternativa é fazer a conversão de valores e, depois, operar em outros países como um local.

No Brasil, as principais opções disponíveis são a conta multimoedas da Wise, o banco Nomad, que permite operações em real e euro e o C6 Global, com contas em euro ou dólar.

Evite caixas eletrônicos operados por bancos

Outra dica para economizar no processo é preferir os caixas eletrônicos que não estão vinculados a um banco específico. Isso porque eles costumam ter taxas de câmbio menores, o que é vantajoso para quem vai fazer saques com cartão de débito ou crédito comum.

Verifique os limites de saque

Antes de viajar, confira se há limites de saques ou valores para sacar no exterior. Essa informação pode ser conferida no site do seu banco, provedor ou na sua agência.

Alguns bancos permitem que os limites sejam ajustados segundo as necessidades do usuário, como a Wise. Para isso, basta acessar o aplicativo, clicar em "conta", "limites da conta" e ajustar os valores para saque e levantamentos em caixas eletrônicos.

Certifique-se de trazer um pouco de dinheiro com você

Mesmo com uma conta multimoedas, cartões pré-pagos e caixas eletrônicos disponíveis, é sempre aconselhável ter um pouco de dinheiro em espécie durante viagens internacionais. Assim, você se prepara para imprevistos como falhas no cartão ou caixas eletrônicos sem dinheiro disponível.

Conclusão

Sacar dinheiro no exterior é uma forma de ter mais segurança e praticidade para fazer pagamentos e compras em outros países. Mas apesar das vantagens, a solução traz custos elevados, que incluem impostos, taxas sobre o câmbio e tarifas dos caixas eletrônicos.

Uma alternativa para reduzir gastos e tornar as operações mais práticas é apostar em contas multimoedas como as da Wise e do Nomad, que permitem converter valores para usá-los em cartões de débito internacionais.

Já para quem tem acesso a contas bancárias no país de destino, provedores como a Wise e Remessa Online enviam o dinheiro convertido a essas contas, que permitem levantar valores sem complicações.

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Como sacar dinheiro no exterior: perguntas frequentes

Como posso sacar dinheiro no exterior?

É possível fazer saques usando cartões de débito, crédito e cartões pré-pagos internacionais. No caso de contas multimoedas ou contas bancárias do país de destino, provedores como Wise e Remessa Online ajudam a converter e enviar o dinheiro, que pode ser sacado na moeda local, sem tarifas adicionais.

É possível sacar dinheiro com cartão de débito no exterior?

Sim. Você pode fazer saques usando cartões de débito de bancos tradicionais ou de provedores digitais, como a Wise e o Nomad. A escolha dos provedores traz custos reduzidos por garantir a conversão do dinheiro antes do saque.

Quanto custa sacar dinheiro no exterior?

Os custos variam de acordo com o banco ou provedor escolhido, o meio de pagamento e o caixa eletrônico utilizado. Os bancos costumam cobrar uma tarifa fixa por saque, pagamentos no débito ou crédito têm IOF de 6,38% e alguns caixas podem cobrar tarifas extras. Em contas multimoedas ou provedores, as tarifas são reduzidas.